sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eu escolho o que sinto

Se eu quiser ficar feliz eu fico, basta um sorriso e pronto, estou feliz.
Não dependo de ninguém para sorrir, posso me olhar no espelho e fazer algumas caretas, posso ler uma piada, assistir um programa de humor ou rir do nada, não dependo de ninguém para ser feliz, não mesmo!
Depender do outro é difícil, é uma alegria momentânea, inconstante.
Por quê?
Simplesmente porque nem sempre o outro está bem e disposto, às vezes diz coisas que chateiam ou tem atitudes inesperadas e você nem sempre sabe o que faz e acaba ficando triste, ou seja, o que era doce se acabou e o ditado “Nada dura para sempre” se torna real, tudo por causa do outro, das atitudes do outro.
Tom Jobim que me desculpe, mas não concordo mais com a frase “É impossível ser feliz sozinho”, mudo, digo que é impossível ser sempre feliz com alguém ao lado.
Vou procurar a felicidade na beleza da vida e da minha cidade, vou rir com peças de teatro e piada de amigos, nos finais de semana não preciso de ninguém para me fazer companhia, posso ir dormir mais cedo e passar mais tempo com a minha família.
Amor?
Nada de amar, não por inteiro. Apaixonar-me sim, isso pode, mas quando o amor estiver prestes a chegar, eu fujo. Porque sentir algo que ninguém consegue explicar é muito complicado, é diferente de quando se toma um remédio que nunca se ouvira falar, ou ouve uma música que não se sabe cantar, o amor não tem explicação, nem filósofo, nem poeta, nem os que amam sabem ao certo o que é. Prefiro sentir o que sei de onde vem, prefiro sentir frio, calor, fome e medo, mas nunca amor. O amor não é tão fundamental assim, quero sentir o que posso ver. Se o resto é mar vivo com ele, posso vê-lo e senti-lo. Não quero ser surpreendida por amor nenhum, coisa chata é esse amor.
Gostaria de ser totalmente livre e escolher o que quero sentir, porque na verdade eu não escolho o que sinto.
Sigo sem amar, sigo feliz, sozinha. A vida é curta demais para se viver amando, ame quando estiver no fim da vida. Lá pelos 30 tenha seu primeiro filho que não seja fruto do amor. Mas ame-o como nunca amou ninguém. Se quiser amar ame lá pelos 60 e morra com 62, de amor. Porque o amor não mata, mas nos maltrata e ninguém vive feliz quando se é maltratado. Por isso ame, seja maltratado e morra triste.
Escreva sobre coisas que você nunca sentiu, coisas diferentes, saia da mesmice. Escreva sobre o ódio e deixe o romantismo um pouco de lado. Não seja como os outros, seja você mesmo.
Se for pra ser feliz com alguém, que esse alguém seja o seu melhor amigo, seu irmão ou primo, mas não o ame como homem, ame-o diferente. Mas ame alguém, porque para alguns, é impossível ser feliz sozinho. Ame se for feio, se for bonito, ame se for rico ou se for pobre, não importa onde e quando, simplesmente ame.




Borghetti, Maísa.