sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Para um amigo.



Um amor tão lindo, pra ninguém botar defeito. Amor bonito é amor recíproco, e é isso que vejo reluzir nos dois. Amor que surgiu do nada, quanto menos esperavam. Shakespeare criou Romeu e Julieta, Deus criou Leonardo e sua Julieta, Juliana.



Borghetti, Maísa.

domingo, 8 de maio de 2011

Paixão, o terremoto.




Amor é respeito querer bem, querer perto, querer cuidar. Paixão vem e passa, é terremoto, vem do nada, bagunça tudo e vai ... Às vezes deixa marcas, o que chamo de amor, outras simplesmente passamos por cima e construimos outras coisas, nos convencendo de que era simplesmente, paixão.



Borghetti, Maísa.

segunda-feira, 7 de março de 2011

São Paulo, São Paulo.





É sempre lindo andar na cidade de São Paulo
O clima engana, a vida é grana em São Paulo
A japonesa loura, a nordestina moura de São Paulo
Gatinhas punks, um jeito yankee de São Paulo

Na grande cidade me realizar
Morando num BNH.
Na periferia a fábrica escurece o dia.

Não vá se incomodar com a fauna urbana de São Paulo
Pardais, baratas, ratos na Rota de São Paulo
E pra você criança muita diversão e poluição
Tomar um banho no Tietê ou ver TV.

Na grande cidade me realizar
Morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia.

Chora Menino, Freguesia do Ó, Carandiru, Mandaqui, ali
Vila Sônia, Vila Ema, Vila Alpina, Vila Carrão, Morumbi
Pari,
Butantã, Utinga, Embu e Imirim, Brás, Brás, Belém
Bom Retiro, Barra Funda, Ermelino Matarazzo
Mooca, Penha, Lapa, Sé, Jabaquara, Pirituba, Tucuruvi, Tatuapé

Pra quebrar a rotina num fim de semana em São Paulo
Lavar um carro comendo um churro é bom pra burro
Um ponto de partida pra subir na vida em São Paulo
Terraço Itália, Jaraguá, Viaduto do Chá.

Na grande cidade me realizar morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia
Na periferia a fábrica escurece o dia



Composição: Oswaldo, Biafra, Claus, Marcelo e Wandy

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Desejos.


Todos progrediram e eu fiquei para trás, estão todos seguindo suas vidas e eu estacionei, não cresço nem diminuo, não avanço nem volto, simplesmente parei no tempo.
Me sinto como aquele garoto que faz malabarismo no farol para ter o que comer no final do dia, é o máximo que pode lhe acontecer mais que isso seria milagre, como criança querendo doce antes do jantar. Sou simplesmente alguém almejando algo que não pode ter.
O que quero não é absurdo, não é por capricho, só quero ser alguém, ser vista, ser ouvida, ser levada a sério, ter futuro, caminhar sozinha. Já desejei ter vida fútil para andar bem vestida, ter amigos legais, mas o que quero vai além de roupas e amigos, quero a oportunidade que muitos desperdiçam e não dão o mínimo de valor. Quero um dia olhar pra trás e lembrar de tudo que conquistei, dizer ao mundo que sonhos são possíveis e que realizei o meu, que cresci, é só isso que quero. Me sinto mal diante daqueles que tem, me sinto pequena, inútil.
Talvez seja egoísmo da minha parte não buscar ajuda, talvez seja tolice me entristecer, se é já não sei, só sei que hoje me vejo em um beco sem saída, onde minha vida não passa de uma rotina sem graça, menosprezada por muitos, criticada, uma rotina que quando contada recebe caretas acompanhada de palavras que me deixam para baixo, me humilham. Se hoje estou assim é porque tenho sonhos, planos, preciso dessa rotina para um dia chegar onde quero, tenho consciência disso mas é difícil confiar quando se depende de algo que não se tem.
Tudo o que quero é caminhar, e cantar, e seguir.



Borghetti, Maísa.