domingo, 30 de setembro de 2007

Sem Titulo.





Não. Nossa vontade nem sempre é feita. Nem sempre é feita nossa vontade. Não.
Porque? Não sei. Sempre me pergunto isso, mas até hoje não encontrei uma resposta convincente. Não adianta falar que foi o melhor por que não foi, até nós mesmos falamos isso. Mas sabe o que seria realmente melhor? Se tudo tivesse sido como planejamos. Ah como seria bom. Mas não foi. Fico me perguntando, porque é que tem que ser assim? Não entendo. Na verdade não entendo inumeras coisas da vida mas isso não vem o caso, e o que eu quero saber agora é, porque é que tem que ser asim? Não seria mais fáil se fosse de outro jeito? Sim seria. Mas como eu havia dito no começo, "nossa vontade nem sempre é feita.", e acrescentando, nossa vontade, nem sempre é o melhor pra nós. Contradição? Não, verdade. Melhor sairmos do mundinho da imaginação, das perguntas sem respostas, e ir para o mundo da realidade. A fantasia nem sempre ajuda. Mas, nossa vontade bem que poderia ser feita.
Maísa Borghetti.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

História do fantasma.


Estava numa comunidade do Charles Chaplin no orkut, vi essa história e resolvi postar aqui.

"(...) A propósito de esoterismo, um ano antes de ser construída minha residência de Beverly Hills, recebi uma carta anônima que que se dizia escrita por um vidente, ao qual aparecera em sonho uma casa erguida num topo de colina, com um gramado à frente que terminava em ponta, como a proa de uma embarcação, casa de quarenta janelas e amplo salão de música, este de teto bem alto. Dizia também que aquele terreno era lugar sagrado em que, dois mil anos antes, as velhas tribos indígenas praticavam sacrifícios humanos. A casa era mal-assombrada e nunca deveria ficar às escuras. Prevenia-me ainda de que só haveria aparições se eu ficasse sozinho à noite de luzes apagadas.
Não tomei a carta a sério; pareceu-me maluco e só a guardei na gaveta por ser coisa excêntrica e engraçada. Mas dois anos após, quando mexia em meus papéis, dei com ela e a reli. Bem estranhamente, a descrição da casa e do gramada era fiel. Eu nunca havia contado as janelas e resolvi fazê-lo. Espantei-me ao verificar que eram exatamente 40.
Embora sem crer em fantasma, resolvi tentar a experiência. Como era quarta-feira, noite de folga para a criadagem, a casa ficou vazia; portanto, jantei fora. Imediatamente depois do jantar, voltei, fui ao salão do órgão, que era comprido e estreito como a nave de uma igreja, com o teto em estilo gótico. Depois de arriar as cortinas, apaguei todas as luzes. Então, encaminhado-me às apalpadelas para uma poltrona, ali fiquei sentado em silêncio durante pelo menos 10 minutos. A escuridão expressa excitou-me os sentidos e imaginei formas imprecisas que flutuavam diante dos meus olhos; mas, raciocinando, concluí que era o luar infiltrando-se por uma pequena abertura das cortinas e refletindo-se num frasco de cristal lapidado.
Juntei bem as bandas da cortina e as formas flutuantes desapareceram. Então fiquei de novo na expectativa no escuro; deve ter sido por uns 5 minutos..."
"...Como nada acontecesse, comecei a falar em voz audível: 'Se há espíritos aqui, façam-me o favor de se manifestar'. Esperei algum tempo, e nada. Então continuei: 'Não há um meio qualquer de comunicação? Talvez um sinal... uma pancadinha, ou, não sendo assim, através da minha mente, de modo que me leve a escrever alguma coisa; ou quem sabe, uma corrente de ar frio talvez possa indicar tal presença'.
Sentei-me por mais uns 5 minutos; entretanto, não houve nem corrente de ar, nem manifestação de qualquer outra espécie. O silêncio era de ensurdecer - a minha mente esvaziada por completo. Afinal desisti, achando ser inútil, e acendi uma das luzes. Então, entrei na sala de estar, cujas cortinas não tinham sido arriadas; esboçando-se ao luar, lá estava o piano. Sentei-me e comecei a correr os dedos sobre o teclado. Por fim, dei com uma nota que me elevou, e repeti-a várias vezes, até vibrar toda a sala. Por que eu fazia isso? Talvez fosse fria manifestação. Continuei a repetir a mesma nota. De súbito, uma faixa de luz branca enlaça-me pela cintura; num susto, pulei da banqueta e fiquei de pé, o coração batendo como um tambor.
Quando voltei à calma, tentei raciocinar. O piano estava a um canto da sala, junto à janela. Então compreendi: o que eu pensara ser uma fita de ectoplasma fora apenas a luz do farol de um automóvel que descia a encosta da montanha. Para convencer-me, voltei ao piano e bati a mesma nota diversas vezes. Lá, na outra extremidade da sala de estar, havia um corredor em penumbra e, ao fim deste, a porta da sala de jantar. Num relance vi a porta abrir-se e alguma coisa sair da sala de jantar e passar pelo corredor - um monstrozinho grotesco, parecendo um anão, tendo em torno dos olhos uns círculos brancos de palhaço - a encaminhar-se, gingando, para o salão do órgão. Antes que eu pudesse virar o rosto, já se fora. Horrorizado, levantei-me e tentei segui-lo, mas havia desaparecido. Crendo que fosse ilusão, causada por mero tremer de pestana, devido ao meu estado de extremo nervosismo.."
"...tornei a tocar piano. E como nada mais sucedesse, resolvi ir pra cama.
Enfiei-me no pijama e entrei no quarto de banho. Quando acendi a luz, lá estava o fantasma plantado dentro da banheira, olhando para mim!!! Pulei para fora do quarto de banho, quase como num mergulho. Era um gambá!! O mesmo camaradinha que eu tinha visto de esguelha; apenas lá em baixo me parecera muito maior.
De manhã, o mordomo colocou o estonteado animalzinho numa gaiola e, por fim, ele já se tornara um bicho de estimação. Mas um dia sumiu e nunca mais o vimos."

Meu Leão.


Certo dia, numa noite qualquer, recebi uma má notícia. Doeu, eu lembro, foi bem assim.


Eu estava deitada, quando meu pai entrou no meu quarto, sentou na minha cama e me deu um abraço, pensei que fosse um abraço de pai, o abraço carinhoso de sempre, mas não, ele passou a mão sobre a minha cabeça e de forma carinhosa me disse, "Zazá, o Greg morreu". Minha feição mudou imediatamente, uma lágrima rolou sobre a minha face, eu não acreditava, não entendia porque ele havia morrido, o Greg, o meu Greg, mas logo ele, com tantos Leões nesse mundo, porque o Greg. Aquele foi o pior dia da minha vida, a pior noite, a pior semana, o pior mês, o pior ano, pra mim ele era imortal.


Eu não me conformava com aquela perda, escrevi um poema para expressar minha tristeza, mas infelizmente perdi. O Greg foi o primeiro e único Leão que vi, não sei se vou querer ver outro tão cedo, faz em média 3 anos que ele morreu, e até hoje sinto sua falta.



Borghetti, Maísa.

Ser feliz.


Quero ser feliz, cantar, gritar, pular, a hora que eu quiser, subir em árvores, deitar na grama, comer besteiras até não querer mais, fazer tudo o que der na telha. Quero ser livre, cantar, gritar, pular, quando me der vontade, chegar tarde em casa, zoar, me divertir. Quero ser feliz, quero ser livre, quero ser livre e feliz.

Maísa Borghetti.