quinta-feira, 27 de setembro de 2007

História do fantasma.


Estava numa comunidade do Charles Chaplin no orkut, vi essa história e resolvi postar aqui.

"(...) A propósito de esoterismo, um ano antes de ser construída minha residência de Beverly Hills, recebi uma carta anônima que que se dizia escrita por um vidente, ao qual aparecera em sonho uma casa erguida num topo de colina, com um gramado à frente que terminava em ponta, como a proa de uma embarcação, casa de quarenta janelas e amplo salão de música, este de teto bem alto. Dizia também que aquele terreno era lugar sagrado em que, dois mil anos antes, as velhas tribos indígenas praticavam sacrifícios humanos. A casa era mal-assombrada e nunca deveria ficar às escuras. Prevenia-me ainda de que só haveria aparições se eu ficasse sozinho à noite de luzes apagadas.
Não tomei a carta a sério; pareceu-me maluco e só a guardei na gaveta por ser coisa excêntrica e engraçada. Mas dois anos após, quando mexia em meus papéis, dei com ela e a reli. Bem estranhamente, a descrição da casa e do gramada era fiel. Eu nunca havia contado as janelas e resolvi fazê-lo. Espantei-me ao verificar que eram exatamente 40.
Embora sem crer em fantasma, resolvi tentar a experiência. Como era quarta-feira, noite de folga para a criadagem, a casa ficou vazia; portanto, jantei fora. Imediatamente depois do jantar, voltei, fui ao salão do órgão, que era comprido e estreito como a nave de uma igreja, com o teto em estilo gótico. Depois de arriar as cortinas, apaguei todas as luzes. Então, encaminhado-me às apalpadelas para uma poltrona, ali fiquei sentado em silêncio durante pelo menos 10 minutos. A escuridão expressa excitou-me os sentidos e imaginei formas imprecisas que flutuavam diante dos meus olhos; mas, raciocinando, concluí que era o luar infiltrando-se por uma pequena abertura das cortinas e refletindo-se num frasco de cristal lapidado.
Juntei bem as bandas da cortina e as formas flutuantes desapareceram. Então fiquei de novo na expectativa no escuro; deve ter sido por uns 5 minutos..."
"...Como nada acontecesse, comecei a falar em voz audível: 'Se há espíritos aqui, façam-me o favor de se manifestar'. Esperei algum tempo, e nada. Então continuei: 'Não há um meio qualquer de comunicação? Talvez um sinal... uma pancadinha, ou, não sendo assim, através da minha mente, de modo que me leve a escrever alguma coisa; ou quem sabe, uma corrente de ar frio talvez possa indicar tal presença'.
Sentei-me por mais uns 5 minutos; entretanto, não houve nem corrente de ar, nem manifestação de qualquer outra espécie. O silêncio era de ensurdecer - a minha mente esvaziada por completo. Afinal desisti, achando ser inútil, e acendi uma das luzes. Então, entrei na sala de estar, cujas cortinas não tinham sido arriadas; esboçando-se ao luar, lá estava o piano. Sentei-me e comecei a correr os dedos sobre o teclado. Por fim, dei com uma nota que me elevou, e repeti-a várias vezes, até vibrar toda a sala. Por que eu fazia isso? Talvez fosse fria manifestação. Continuei a repetir a mesma nota. De súbito, uma faixa de luz branca enlaça-me pela cintura; num susto, pulei da banqueta e fiquei de pé, o coração batendo como um tambor.
Quando voltei à calma, tentei raciocinar. O piano estava a um canto da sala, junto à janela. Então compreendi: o que eu pensara ser uma fita de ectoplasma fora apenas a luz do farol de um automóvel que descia a encosta da montanha. Para convencer-me, voltei ao piano e bati a mesma nota diversas vezes. Lá, na outra extremidade da sala de estar, havia um corredor em penumbra e, ao fim deste, a porta da sala de jantar. Num relance vi a porta abrir-se e alguma coisa sair da sala de jantar e passar pelo corredor - um monstrozinho grotesco, parecendo um anão, tendo em torno dos olhos uns círculos brancos de palhaço - a encaminhar-se, gingando, para o salão do órgão. Antes que eu pudesse virar o rosto, já se fora. Horrorizado, levantei-me e tentei segui-lo, mas havia desaparecido. Crendo que fosse ilusão, causada por mero tremer de pestana, devido ao meu estado de extremo nervosismo.."
"...tornei a tocar piano. E como nada mais sucedesse, resolvi ir pra cama.
Enfiei-me no pijama e entrei no quarto de banho. Quando acendi a luz, lá estava o fantasma plantado dentro da banheira, olhando para mim!!! Pulei para fora do quarto de banho, quase como num mergulho. Era um gambá!! O mesmo camaradinha que eu tinha visto de esguelha; apenas lá em baixo me parecera muito maior.
De manhã, o mordomo colocou o estonteado animalzinho numa gaiola e, por fim, ele já se tornara um bicho de estimação. Mas um dia sumiu e nunca mais o vimos."

Um comentário:

Grasiele Rocha disse...

Zaah seu blog tá lindo....
Demais..
A e a historinha eh bom legal.
;)