sexta-feira, 7 de junho de 2013

E o que dizer?

E o que eu vou dizer? Se até inspiração me falta, palavras não conseguem chegar perto.
Eu preciso, mas o que vou dizer? Nada vai te convencer dos meus medos de ser adulta.
Eu ando perdida sendo sua pela metade, tendo seu toque até o relógio gritar que é hora de ir para casa, chegar e sorrir por ter sentido o seu cheiro, e chorar ao te ver partir.
Se não aguenta mais sonhos com hora para acabar, imagine eu, que acordo sorrindo e em seguida fico triste por saber que foi só um sonho, mais um.
Eu quis dizer que não sairia da sua vida, que não partiria, mas talvez eu tenha errado na minha tentativa de crescer e te fiz ir para longe de nós dois, foi quando você viu que não dá mais. E o que vou dizer? Para que aceite novamente? Para que espere só mais um pouco?
Somos tão iguais nas nossas diferenças com o mundo, no nosso jeito de gritar a dor e a saudade. Eu toda louca serelepe e você sorrindo lindo e segurando minha mão. Pudemos encontrar um valor tão escasso dentro de nós dois, e hoje olha só onde estamos. Você ai sentado me vendo dançar um tango que você odeia, e eu sorrindo tentando te enganar. Eu odeio tango, eu odeio crescer.
Será que acabou mesmo, ou o roteirista quer dar mais emoção para nossa história?
Você acredita em final feliz? Você acredita que nossos sonhos ainda são nossos?



Borghetti, Maísa.

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