Eu estava confusa, precisava de um tempo. Deram-me esse tempo, e só me dei conta de que era ruim quando percebi que era tempo demais, e que eu não precisava desse tempo.
Pensei mil vezes em uma solução, tentei algumas, até desistir. Quando desisti a oportunidade bateu em minha porta. Mas era tarde, eu não queria mais nada, as malas já estavam prontas e eu estava partindo, para bem longe daqui, longe de tudo e de todos, longe de quem me fez esperar, me fez passar por cima do orgulho que havia dentro de mim.
-Você acha que eu sou o que?Perguntava-lhe, e as únicas palavras que ouvia, eram "Desculpe-me" e "Eu te amo". Mas eu não queria saber, simplesmente peguei minhas malas e parti. Quando estava a caminho o telefone tocou.
-Me dá mais uma chance? Por favor?
Eu não quis saber e desliguei.
Algumas horas depois, senti um aperto, uma saudade daquele abraço, daquelas palavras de carinho, resolvi voltar. Mas quando cheguei já era tarde.
-O enterro será amanhã, às 09h30minh. AM.
Disse-me sua mãe desesperada.
Dê chance à vida, antes que você perca a sua chance.
"Escrever é brincar de Deus. Você inventa um mundo, um palco, faz nascer e morrer personagens, cria um cosmo todo particular, você constrói um cenário, uma história, uma narrativa, você faz e desfaz." Lonza,Furio.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
De chance à vida.
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Um comentário:
E á até quem pense, que isso são só personagens!
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