quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sentir, querer e ter certeza





Era uma noite fria, a mais fria do ano, era agosto não me lembro o dia. Olhei para o lado e não vi ninguém, procurei pela casa e nada, era loucura, eu estava sozinha. Então parei para pensar e me perguntei várias vezes “porque estou sozinha?”, comecei a refletir sobre minha vida e lembrei-me de como fui feliz na adolescência.
Quando tinha mais ou menos 17 anos conheci um garoto, perfeito, minha alma gêmea, o amor da minha vida. Ficamos juntos por um bom tempo, o suficiente para me fazer feliz, me fazer acreditar que o amor existe e que eu era capaz de amar. Escrevíamos longas cartas, músicas e poesias um para o outro, presenteávamos sempre com flores, chocolate ou até um simples cartão escrito EU TE AMO. Era um amor perfeito, um romance de dar inveja. Mas acabou não sei por que, não sei como e nem quando. Foi do nada, sem mais nem menos, sem explicação.
Uma vez nos encontramos na rua, sem querer, nos olhamos fixamente por alguns segundos, nos cumprimentamos e nos abraçamos fortemente, e foi ali que vi que tudo o que vivemos não passou de paixão, ilusão.
Desde então decidi que só me envolveria se tivesse certeza, se visse que não era ilusão e sim amor.
Por um bom tempo esperei não gostar, não me apaixonar, e sim amar. E naquele momento vi que fiz tudo errado, é difícil quem ama de imediato, isso se for possível. Confundi saber amar com amar de imediato, quis começar do amor ao invés do gostar, e me vi aqui, sozinha em meu apartamento.
E hoje, lembrando do que aconteceu naquele dia, decidi mudar e dar um jeito nos meus erros, dar uma chance para mim mesma e ser feliz.



Borghetti, Maísa.

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